segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Gestionarium XIV – Reflexão sobre a gestão e a governabilidade

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Hoje é notícia a revisão da lei da reforma penal em Portugal.
A revisão está orientada principalmente para a correcção das deficiências no domínio das prisões preventivas.
O anterior governo foi surdo às críticas à reforma penal.
Os escribas subservientes não se cansaram de repetir que os críticos se opunham às reformas e à inovação por espírito retrógrado.
Passados 2 anos, a experiencia mostrou a contribuição da nova lei para o aumento da criminalidade e da impunidade de criminosos (não esquecer também os contributos do insucesso escolar, da retirada de meios à PSP e à GNR para o combate à criminalidade e da alienação da realidade quando altas instâncias citavam estatísticas desactualizadas para dizer que a criminalidade não aumentava).
Mais vale tarde do que nunca, mas custa ver o tempo perder-se. Foram precisos 4 anos para se corrigir uma estratégia errada no ministério da educação, foram precisos 2 anos para corrigir a estratégia da reforma penal.
Porquê?
Porque se cometeu o erro de achar que o pensamento único ou consenso resolve tudo e que a melhor condição para se governar é haver maioria absoluta. A experiencia dolorosa dos soviéticos demonstrou que não é assim. Que tem de haver diversidade.Que os decisores não podem fechar-se intra muros e virados uns para os outros, concordar com tudo, porque estão a construir uma pretensa realidade. Aprendamos com a experiencia. Leiam a Sabedoria das Multidões…
Até quando continuarão os accionistas principais das grandes empresas a acreditar em gestores de pensamento único? Até quando continuarão os gestores das empresas a acreditar em revelações de modelos únicos propostos por iluminados?
Lá dizem os meus amigos advogados. O contraditório faz muita falta.
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