quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sugestões (10) para o plano estratégico de transportes - modo ferroviário urbano - 10: a 2ª estratégia - aproveitar o período de contenção dos investimentos.


Sugestões para o plano estratégico de transportes - modo ferroviário urbano - 10:  a 2ª estratégia - aproveitar o período de contenção dos investimentos.
Ponto 3.   debater planos de expansão da rede coordenados com os planos de reurbanização urbana - construção em viadutos, sistemas "on-demand"






construção em viadutos -   Como vimos no ponto 1, é a eficiência expressa em menor consumo de energia por passageiro.km e as menores emissões de CO2 por passageiro.km que fundamentam o investimento em redes de metro (2.000 milhões de euros para 22 km, sendo 7 em túnel e 15 em viaduto). Perante os  menores custos de construção (e de emissões durante a construção) dos viadutos, é fácil de demonstrar a conveniência de construir em superfície, em viaduto, recorrendo numa primeira fase a material circulante ligeiro, uma vez que as normas internacionais obrigam a construir de origem os viadutos para material pesado.

No entanto, para evitar a má experiencia em termos de limitação de capacidade (e de segurança rodoviária do metro sul do Tejo (atropelamentos, colisões com veículos rodoviários), devem evitar-se os cruzamentos rodoviários e manter o metro em sítio próprio, onde os peões e os outros modos de transporte não possam imiscuir-se.

Dadas as distancias de travagem do material circulante, qualquer cruzamento exige abrandamento para viabilizar a travagem quando necessário e, consequentemente, aumenta o tempo de percurso, aumentando o número de comboios necessários para o mesmo intervalo entre comboios, que o mesmo é dizer, para a mesma capacidade de transporte em passageiros por hora e secção. Por isso o metro ligeiro de superfície deve ser sempre em viaduto ou, se ao nível da rua, em sítio próprio sem cruzamentos.

Evidentemente que esta estratégia obriga a rever os critérios de reabilitação urbana, mais uma vez de forma alargada, participativa e integrada, uma vez que será fatal sacrificar grande quantidade de edifícios antigos.

-  sistemas integralmente automáticos “on-demand” -  as estratégias do metropolitano só terão a ganhar se forem inovadoras no sentido de adaptação às condições concretas, sem desprezo pelos tradicionais critérios de segurança e de dimensionamento do modo de transporte  metropolitano segundo as normas internacionais.
É aqui que entra o novo conceito de sistemas integralmente automáticos “on-demand”,do tipo  PRT (Personal rapid transit), isto é, não justificando a área urbana um modo de transporte de capacidade superior a 3.000 passageiros por hora e secção, o sistema é composto por cabinas para 6 passageiros, geridas centralmente, que se deslocam sobre viaduto constituído por módulos metálicos desmontáveis, e são requisitadas pelos utilizadores caso a caso. A linha tem derivações que permitem ultrapassar as cabinas paradas ou em aproximação de pontos de paragem/embarque onde estão passageiros para embarcar ou desembarcar.

Trata-se de uma pista a estudar no metro, aproveitando, como se disse, este período de baixo investimento.

Sugere-se a consulta do sítio do fabricante Vectus, ressalvando que não tem este sistema relação com o que foi instalado em Oeiras.
A largura dos viadutos é de 2 metros (uma vez que a rede, por ser ligeira, pode ser muito malhada, as vias podem ser simples, limitando assim a obstrução nas ruas) assentes em pilares metálicos de 3,5 m de altura; as cabinas podem atingir a capacidade de 3.600 passageiros por hora e secção (600 veículos por hora; intervalo entre eles de 6 segundos, ou 60metros a 40 km/h).       
O sistema está vocacionado para servir as aglomerações suburbanas ou os bairros urbanos individualizados (por exemplo, a ligação da Alta de Lisboa à estação Campo Grande), proporcionando o transporte quando requerido, disponível 24 horas por dia, para as estações da linha ferroviária pesada.
Claro que podiamos começar uma discussão sobre a criminalidade noturna e diurna, urbana e suburbana, que concluiria que talvez aqui também a segurança dos cidadãos, em termos de criminalidade,  é ainda um tema para as empresas de transporte desenvolverem estratégias.      





(continua - ver o capítulo seguinte em:
http://fcsseratostenes.blogspot.com/2011/10/sugestoes-11-para-o-plano-estrategico.html


ver o capítulo anterior em:
http://fcsseratostenes.blogspot.com/2011/10/sugestoes-9-para-o-plano-estrategico-de.html                  )

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