domingo, 8 de janeiro de 2012

A novela do PET aos 7 de janeiro de 2012

Não tem sido muito falado, o PET, nos últimos dias.
Por um lado, continua o secretismo sobre as medidas concretas que se esperaria sucedessem ao enunciado de intenções que é o PET.
Não transpareceram com clareza as propostas do grupo de trabalho para a reformulação dos transportes de Lisboa e Porto.
Circularam até histórias pitorescas, como a de um dos membros, que terá aconselhado a contratar a PSP e a GNR para apoio à extinção de linhas.
Por exemplo, a supressão do elétrico 18 da Ajuda, em Lisboa. Não se poderia em vez disso pedir às agencias de viagens que inscrevessem o 18 nos roteiros turísticos para o palácio da Ajuda, para o jardim botânico, para o parque de Monsanto, para os moinhos da Ajuda?

Falou-se também, com o entusiasmo juvenil dos yuppies, em desenvolver técnicas de yeld management nas empresas de Lisboa e Porto, com a criatividade e inovação das low cost.
Como se os passes sociais não fossem um exemplo de yeld management, de pagamento diferenciado entre clientes.
E como se não fosse necessário ter prudencia, numa altura em que  a American Airlines, o supra sumo das companhias de yeld management, acabou de declarar falencia.

Mas o melhor do PET nestes dias foi, sem dúvida, a manifestação pelo suburbano Coimbra-Lousã, em frente do ministério da Economia e Transportes. O senhor presidente da câmara veio tranquilizar os manifestantes; que os carris iriam ser postos (já estaria feito o caderno de encargos? e o concurso público e internacional, terá respeitado as regras da contratação pública? foi rápido, muito rápido). E o senhor ministro, agora com um visual mais simpático, sem os repentes incomodados que às vezes exibe quando acha que assim resiste melhor à resistência dos interesses instalados, com uma menina bonita ao colo (vou ser ministro para os meus filhos terem um país melhor, foi uma das motivações confessadas quando assumiu a pasta), a dizer para  a TV que as pessoas do interior têm sido esquecidas, mas que vão ter a sua ligação ferroviária a Coimbra. Tocante, verdadeiramente tocante.
Esperemos que sim, que não tarde estamos de acordo (mas será como a promessa do caminho de ferro para Viseu?), até porque suspender uma obra contratada  fica sempre caro, muito caro (a propósito, como está a questão do túnel do Marão?).

































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