sexta-feira, 20 de julho de 2012

Paulo Morais, Transparencia e integridade

Este "post" é dedicado a todos os que rasgaram as vestes, ou simplesmente ficaram chocados com as afirmações de Torgal Ferreira.

É de destacar a luta de Paulo Morais, ex vice presidente da câmara municipal do Porto e ex deputado do PSD, contra a corrupção em Portugal.

Corrupção - do latim corruptio, corruptionis - deterioração, decomposição física de algo, modificação, adulteração das caracterisiticas originais; por extensão, ato ou efeito de subornar alguem em causa própria ou alheia com oferecimento de dinheiro ou outros beneficios.

De acordo com esta definição, o simples facto do estilo de vida de uma sociedade se degradar já é corrupção e a constituição portuguesa prevê atos próprios para os seus orgaos de soberania quando as instituições não funcionam regularmente.

Claro que quem tem poder para fazer a sua propaganda justificará que a crise de degradação se dee aos portugueses terem vivido acima das suas possibilidades.
Ocultam, por exemplo, que a bolha imobiliária de valorização artificial dos terrenos terá correspondido a uma especulação de70% (isto é, o bem tinha o valor de 30% e era vendido por 100%) conforme diz Pauo Morais no video seguinte.
Ocultam por exemplo que o Metro doPorto pagou 8 milhões de euros por um terreno avaliado em 5 milhões. O procurador encarregado da investigação mandou arquivaro processo porque não era possivel encontrar o dinheiro em falta (?!).
Ocultam tambem a ocupação que mafia russa fez dos offshores da Madeira, conforme revelado no livro Suite 605 de João Pedro Martins, ed Smartbook.
Neste livro é colocada a hipótese de serem precisamente os especuladores que ontem provocaram a crise que serão os credores de amanhã.

Mas vejam o video - "o Parlamento é um centro de negócios em que existe conflito de interesses entre a fidelidade que os deputados devem aos seus eleitores e a fidelidade que devem às suas empresas". Paulo Morais dá exemplos e nomes.

http://videos.sapo.pt/kzZH4Ua8qCjuDPNQkL9a

Existe promiscuidade e identidade entre os deputados nas comissões parlamentares e os seus escritórios de advogados.
São os próprios deputados que fiscalizam as empresas a que pertencem, e isso verifica-se por exemplo com a comissão de acompanhamento do programa de assistencia financeira, de que fazem parte funcionários de bancos privados.Não admira assim que os juros que "os mercados" e os bancos impõem ao Estado sejam elevados.
Aliás, no conselho consultivo do Banco de Portugal estão funcionários de bancos privados.
A sociedade de advogados que fez o código de contratação pública já faturou 7,5 milhões de euros em pareceres a explicar a lei que fez (quem escreve este blogue assitiu estupefacto à sessão de apresentação por este escritório do código no Metropolitano de Lisboa ; estupefacto com o descaramento dos autores em fazerem uma lei sem se informarem previamente junto de quem lançava concursos públicos dos reais problemas; e teve a oportunidade de dizer ao apresentador que o código não o vinha ajudar, vinha até dificultar o seu trabalho; mas claro que vozes de burro não chegam aos céus).

Paulo Morais propõe a intervenção dos orgãos de defesa da constituição portuguesa e a melhoria do portal transparencia.
http://www.transparencia.pt/

Aplausos para Paulo Morais.

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