quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Funchal, Funchal




10 meses separam as duas imagens.



O Funchal agoniza lentamente, amarrado no cais da Matinha.
Sádicamente, tambem, porque alguns tripulantes têm de o habitar sem condições de aquecimento.
A divida do armador, ou dos seus herdeiros, parece ser incomportável.
Por isso não se justificará, em simples análise de viabilidade, investir nas reparações, nas correções necessárias ao processo de licenciamento e na preparação para a exploração regular, em cruzeiros ou em transporte inter-ilhas.
Donde, o destino será o desmantelamento, por mais que isso nos magoe (aliás, é normal um navio com mais de 50 anos ser abatido).

E contudo, deveria fazer-se uma análise não simples, eventualmente estudando a renegociação ou a anulação quase total da divida, o estudo energético e cinemático das ligações inter-ilhas (um país pobre tem o Atlântida e o Funchal parados enquanto aluga barcos velhinhos a uma empresa grega; não digo que se ponham já os navios ao serviço; estou a dizer que o assunto deve ser estudado por técnicos não subordinados à politica, nem aos formalismos juridico-financeiros, coisa que não consta já tenha acontecido ).

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