sexta-feira, 24 de maio de 2013

Tornado de Oklahoma



As mortes, o sofrimento e as perdas devidos ao tornado de Oklahoma leva-nos a todos a exprimir a simpatia pelas vítimas e a certeza de que a sociedade americana reconstruirá a vida da comunidade.
Cito as observações de um técnico americano que, dada a frequencia com que os fenómenos naturais destrutivos estão ocorrendo, deverá merecer atenção.
Tal como no caso do Katrina em New Orleans, o nível elevado da gravidade das consequências deveu-se a deficiencias das infraestruturas (recorda-se que o nível de um risco se estabelece em função da probabilidade de ocorrencia de um acidente e do nivel de gravidade das suas consequencias).
No caso do Katrina, a falta de manutenção dos diques de proteção da cidade (houve um economista que teve o descaramento de comentar que os contribuintes não tinham que pagar despesas públicas de manutenção dos diques para que os habitantes pudessem viver num  local de risco).
No caso de Oklahoma, o referido técnico menciona que a maioria das habitações era construida de madeira, com a agravante de não recorrerem a peças de reforço da ligação das paredes ao telhado (confirmar na foto que alguns telhados permaneceram). E que se deseja durante a reconstrução a aplicação de normas de resistencia aos tornados, desde a exigencia de fundações à utilização de betão armado.
De facto, é de refletir como o país de PIB mais elevado do mundo tem parte significativa da sua população a viver sem condições de segurança.
Penso que, neste caso, interpretarei bem o pensamento de Obama quando diz, a propósito de outras questões,  que o sistema económico dos USA deverá mudar.
Penso que isso só poderá ocorrer se se abandonarem os dogmas sagrados (sacrossantos na expressão dos ministros das finanças da Europa) da escola de Chicago e se centrarem as preocupações na diminuição das desigualdades e do desemprego e na melhoria da repartição dos rendimentos.
Mas se até nos USA a reação dos republicanos dificulta esse abandono, que poderemos nós fazer?





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