terça-feira, 4 de março de 2014

Triste exemplo quando tanto precisamos de investimento






Não sei se as coisas se terão passado desta maneira, mas a ideia com que fiquei foi esta:

Num rasgo de abertura do governo atual para um debate alargado e participado sobre a análise e escolha de investimentos em infraestruturas (ironizo, claro, a inépcia do governo, depois de ter paralizado os investimentos públicos,  impede-o de se abrir dessa maneira; o  debate parece ter sido restrito a mecanismos habituais de ligaçáo ao poder politico, pese embora a propaganda deste video:
 http://www.youtube.com/user/gtieva    ).

Foram apresentados 30 projetos, de que há pouca esperança que venham a ser beneficiados pelos fundos do novo QREN, porque o governo atual tem outras ideias para aplicar os fundos (mais para as empresas a que o poder politico estará mais ou menos ligado), e o principal partido da oposição pediu informações e documentação de base que terá servido para as propostas.
O senhor governo disse que sim, que ia providenciar a documentação.
Mas depois disse que afinal não tinha essa documentação porque o grupo de trabalho também não (parece que dos 30 projetos só 15 tinham uma análise de custos benefícios e que os programas prévios de execução não estavam muito bem definidos). Ver:
http://noticias.pt.msn.com/governo-diz-que-entrega-nos-pr%C3%B3ximos-dias-ao-ps-documenta%C3%A7%C3%A3o-sobre-infraestruturas-priorit%C3%A1rias-1

Consta que o senhor secretário de Estado espera receber a dita documentação para fornecer ao tal partido da oposição (anoto que a secretaria de estado dos transportes deveria estar integrada no ministério da energia e ambiente e não no ministério da Economia, por demais teórico).

Este é apenas um exemplo da inépcia e da ignorancia da metodologia de abordagem da questão dos investimentos dos senhores que nos governam e que detêm algum poder de decisão.
Eu, para exercer a minha profissão, tive de prestar provas psicotécnicas, a licenciatura concedida pela escola não era suficiente.
Estes senhores não. São os mecanismos partidários do poder que  decidem.
Decidem mal, claro.
Depois dizem que são os salários e as pensões que são muito altos.
Ter a coragem de decidir sem uma análise de custos-benefícios...
Incompetentes.






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