quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Duas notícias discretas - a guarda costeira europeia e as taxas antidumping

Uma notícia de dezembro de 2015 - A Comissão Europeia decidiu reformular a sua agencia de controle das fronteiras Schengen e criou a European Border and Coast Guard Agency.
Dotá-la-á com meios humanos e materiais e os correspondentes fundos.
Isso incluirá a aquisição partilhada com os estados membros de, por exemplo, navios patrulheiros geridos pelos respetivos estados membros.
Isto para dizer que a Europa terá a sua guarda costeira, e que financiar a construção de navios patrulheiros não é contrariar as regras da União Europeia como  maliciosamente o XIX governo quis convencer os cidadãos.
Pena o dito governo ter conseguido o seu objetivo, de transferir a propriedade do estaleiro de Viana do Castelo.
Esperemos que ao menos os 6 patrulheiros que faltam para cumprir o plano original possam ser construidos em estaleiros portugueses beneficiando do "saber como" ganho em Viana do Castelo.
https://en.wikipedia.org/wiki/European_Border_and_Coast_Guard

"What will the pool of equipment consist of and who contributes?
The draft Regulation sets up a technical equipment pool for the Agency. The Agency will be able to acquire alone or in co-ownership with a Member State the technical equipment necessary to carry out joint operations, rapid border interventions and other operational activities.

Based on its needs and in line with its annual work programme, the Agency will define the equipment to be included in the pool. The Member States will have to contribute upon request unless they need the requested equipment for the management of their section of the external border in the face of an exceptional situation. To guarantee that the basic needs of the Agency are covered, the draft Regulation obliges the Member States to provide to the Agency the equipment purchased under the EU's Internal Security Fund."

Uma notícia de janeiro de 2016 - as autoridades norte americanas aplicaram uma taxa antidumping às exportações de papel e pasta de papel para os USA. Não bastava a indústria da celulose não ser das mais saudáveis em termos ambientais e de ser ainda necessário importar madeira em bruto. Agora os campeões do liberalismo acham que o papel e a pasta de papel são vendidos apreço abaixo do custo de produção. É verdade que são vendidos abaixo do preço merecido, como qualquer exportação portuguesa, porque o nível de preços depende da força da economia produtora. Mas faz pensar nos economistas que pressurosamente insistem na tecla da redução dos salários para tornar a economia mais competitiva. Parece que afinal não torna mais competitiva, torna mais sensível a taxas antidumping, as quais pelos vistos, e não parece que o novo tratado do Atlantico altere este estado de coisas, só podem ser aplicadas por economias fortes.

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