terça-feira, 25 de outubro de 2016

Aeroporto, aeroporto

O acidente na aterragem de um ATR subcontratado à Omni para a ponte aérea Lisboa-Porto em 22 de outubro suscita-me os seguintes comentários.
Desta vez não quero colocar hipóteses ainda durante o curso do inquérito, até porque as declarações do diretor do gabinete de investigação de acidentes merecem credibilidade (não é de facto admissível a falta de meios do gabinete de investigação nem considerar-se que não se pode taxar os bilhetes de avião com 20 centimos; serviço público tem de ser financiado pelos lucros privados se não querem uma economia totalmente pública). Apenas comentários relacionados com a gestão do aeroporto de Lisboa.
1 - recentemente, numa entrevista de um sindicalista do serviço de estrangeiros, foi referido o grande investimento nas áreas de movimentação de passageiros mas a insuficencia de condições para o controle policial,incluindo de meios humanos e, especialmente, que o aeroporto não tem capacidade para o movimento crescente
2 - de acordo com informações da ANA, pretende-se fechar a pista secundária, ignorando-se se no plano de investimentos se está incluida a ligação do fim da pista principal à área de estacionamento para evitar o cruzamento da pista principal; o acidente do ATR ilustra a vantagem de uma segunda pista (apesar de ser convergente) a comparar com o que se pretende com o seu fecho, aumentar a área de estacionamento (coisa muito útil para planeamento dos horários das low-cost)
3 - seria interessante comparar os custos das remodelações no aeroporto de Lisboa, que me parece ter atingido o seu limite (a menos que se autorize, ao arrepio da lei do ruído (mesmo assim, não é admissível a rota de aproximaão passar por cima de 3 hospitais nem o aeroporto funcionar às duas da manhã) e das diretivas europeias) com os custos da 1ªfase da construção de um novo aeroporto multi-pistas (embora com o inconveniente dos custos adicionais para a ligação ferroviária a Lisboa, mas com os benefícios da ausência de ruído e riscos de acidentes)
4 - idem para os custos elevados da opção  portela+1 relativamente à adaptação do aeroporto do Montijo (incluir a ligação a Lisboa)

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